I Saloni Milão 2013 – 9 à 14 de abril

Hoje começa oficialmente o Salone Internazionale del Mobile - Feira Internacional do Móvel em Milão.
Referência mundial para o setor moveleiro, o evento apresentam as tendências e inovações tecnológicas, além de promover novos designers e produtos.

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Uma das exposições que acontecem durante a Feira, é a Nichetto, coleção de sete produtos, frutos de uma parceria entre os designers Luca Nichetto e Oki Sato.
Entre as peças criadas pelos designers, o sofá “Um arquipélago, dividido em pequenas partes em vez de uma grande massa” se destaca pelo seu conceito.
Os designers buscaram inspiração nas ilhas de Veneza, que parecem flutuar na água, ligadas apenas por pontes estreitas.

sofá “Um arquipélago, dividido em pequenas partes em vez de uma grande massa”
por Luca Nichetto e Oki Sato via

peças criadas por Luca Nichetto e Oki Sato, para a exposição Nichetto, Milão 2013 via

Sobre o Salone:

Sua primeira edição foi em 1961, com o intuito de promover o mobiliário italiano e acessórios de decoração para o mercado de exportação.

Em 1965, as principais empresas do setor foram reunidas em um único espaço de exposição comercial pela primeira vez e receberam visitantes do mundo todo.
1965 foi também o ano em que os expositores passaram a refletir de forma mais profissional sobre seus stands, diferencial que traz ainda mais evidência para o evento.
Hoje, com mais de 2.500 expositores e 300mil visitantes por edição, o Salone Internazionale del Mobile, é destaque mundial para o setor de mobiliário doméstico, além de uma ferramenta valiosa para a indústria e forte veículo promocional.

 

Monday’s Decor – cool corner

A Decor do Dia de hoje foi inspirada no apartamento da designer Jenny Dyer em Manhattan – NY

New York apartment, Jenny Dyer via Elle Decor fotografia de Bob Dylan por Jerry Schatzberg 

Combinação perfeita entre o design do mobiliário x a simplicidade da estante e a pintura efeito concreto nas paredes x a textura do tapete, conferiram aconchego a um ambiente naturalmente sofisticado.

Faça em Casa:

Mesmo sendo de autoria brasileira, não consegui achar as informações sobre a poltrona da nossa referência, aliás quem souber de algum detalhe, por favor mande um comentário!
A minha sugestão, mantendo a mesma linha de materiais couro e madeira, é a poltrona LIA de Sérgio Rodrigues.
Apesar das linhas retas, a relação assento x encosto e o estofado revestido em couro garantem o conforto.

Poltrona LIA, Sergio Rodrigues, na Dpot

A poltrona Lia foi criada originalmente em 1962, para a empresa “Meia Pataca” de Sergio Rodrigues, e destinava-se à projetos de hotéis que seriam feitos ao longo da Transamazônica. Esquecida, foi redescoberta em um brechó pela arquiteta Lia Siqueira e rebatizada em sua homenagem.
Possui estrutura em madeira maciça com assento e encosto estruturados em compensado, estofados em espuma de poliuretano e revestidos em couro ou tecido.

aparador/mesa Diana, por Pedro Mendes, no Marché Art de Vie

 Tapete Shaggy Ryon Bege, da By Kamy

estante me marcenaria laqueada de branco, Marcenaria Girotto

pintura efeito concreto, Suvinil

Biblioteca Pública de Santa Catarina

Premiado com o 2° lugar no Concurso Nacional para Biblioteca Pública de Santa Catarina, este projeto foi pensado de forma a reaproveitar um antigo edifício em Florianópolis, onde funcionavam atividades administrativas do governo.

Famosa como espaço que arquiva conhecimento e cultura, a Biblioteca é sem dúvida um dos edifícios mais democráticos de uma cidade.
O que chamou minha atenção neste projeto, foi a preocupação dos arquitetos em criar um espaço que fosse além da proteção do acervo, mas que pudesse estimular o acesso da população ao conhecimento, promovendo a inclusão e integração dos usuários.

O primeiro desafio da equipe, foi reestruturar os espaços que não tinham em sua configuração inicial, uma distinção clara entre um mero arquivo e uma biblioteca.

Antes:
- lajes uniformes com pé direito padrão
- configuração espacial monótona e limitada

Depois:
- abertura das lajes conectando os diversos pavimentos, criando uma mistura entre espaços cheios e vazios, rompendo a obviedade regular
- ambientes de leitura com pé direito duplo, que permitem uma maior amplitude e percepção espacial

Para tornar a biblioteca mais acessível, a entrada principal foi deslocada do centro da fachada frontal, para a esquina no encontro das Ruas Tenente Silveira e Álvaro de Carvalho, localizada em um ponto focal de maior visibilidade urbana.

Elevação Rua Tenente Silveira

Elevação Rua Álvaro de Carvalho

O projeto foi organizado da seguinte forma:
entrando na biblioteca, o visitante acessa um amplo saguão, que abriga o espaço cultural.


No térreo o usuário avista o balcão principal e a primeira escada metálica que o conduz aos espaços de acervo e leitura, dispostos nos pavimentos superiores.

Os principais setores da biblioteca estão organizados em sequência diagonal, contando com divisórias de vidro e forro acústico para preservar o nível de conforto e silêncio necessários.

Na Cobertura, foi criado um ambiente agradável, com terraço, propício para discussões e trabalhos em grupo.

No subsolo encontra-se o auditório, conectado ao espaço de eventos por uma nova escadaria externa, contida por uma caixa de vidro.

Além das adaptações no layout, reforços na estrutura do edifício também foram previstas, para que fundações, pilares, vigas e lajes pudessem suportar as sobrecargas estimadas.

Preocupações com conforto ambiental e sustentabilidade foram essenciais para a proposta de transformação, uma vez que a construção existente não havia sido pensada como espaço de estudos e apresentava grande falha na distribuição de luz natural e artificial.
Novas idéias foram expostas com o intuito de otimizar e uniformizar os pontos de luz, como a criação de uma tela de proteção na fachada, que reduziria a incidência de sol sobre o edifício, proporcionando uma radiação difusa como fonte primária de iluminação do espaço.
Esta segunda pele também funciona como um controle para a radiação, uma proteção externa que não apenas filtra a luz natural, mas também reduz em até 65% a sua incidência sobre o edifício, o que evita o superaquecimento do mesmo.

Ficha técnica:

Autores:

João Paulo Payar
Matheus M.R. Alves
Rafael Gazale Brych
Ricardo Felipe Gonçalves

Colaborador: Alexandre Hepner

Consultor Estrutura: Yopanan Rebello (YCON)

Consultor Design Ambiental: Ricardo Messano

Monday’s Decor – “cantinho para leitura”

Quando olhei para esta foto, a primeira coisa que pensei foi: “um cantinho para leitura”
A poltrona Mole de Sérgio Rodrigues, é a peça perfeita para se jogar e ficar confortável.

Faça em casa:

Poltrona Mole, de Sérgio Rodrigues, na Dpot 

Criada em 1957, com estrutura em madeira maciça e estofados revestidos em couro natural

Aparador Bianca, de Sergio Rodrigues, na Dpot

desenho original de 1993, foi relançada em 2005
com estrutura em madeira maciça, pés torneados e gavetas em mdf com acabamento natural ou tonalizado

Tapete Kilim Fields, da By Kamy
tapete indiano em lã, tingido naturalmente

 

Objetos para decoração:
Vaso e bola em cerâmica, na Etna