459 Anos de São Paulo

Para quem conhece São Paulo hoje, é difícil acreditar que a cidade tinha praticamente nenhuma expressividade política ou econômica, durante os primeiros 3 séculos desde sua fundação.

Avenida Paulista
foto: Luiz Fernando Coimbra

Sao Paulo surgiu como missão jesuítica, comandada por Manuel da Nóbrega e José de Anchiete, com o objetivo de catequizar os índios que viviam nesta região.

Em 25 de janeiro de 1554, dia em que se comemora a conversão do apóstolo Paulo, foi celebrada a primeira missa, que acabou marcando o início da instalação dos jesuítas no local e entrou para a história como a data de nascimento da cidade de São Paulo.

Detalhe curioso, São Paulo é a única cidade do Brasil que conta seu aniversário a partir da data de instalação das primeiras pessoas em seu território. Na verdade, São Paulo só foi elevada ao título de Cidade em 1771, portanto este ano, completaria 242 anos e não 459.

Formada tanto por povos de origem europeia quanto indígena, sua composição heterogênea vai acompanhar a cidade em toda sua historia e atinge seu ápice, tanto demográfico, quanto econômico, após o ciclo do café e da industrialização, responsáveis por elevar São Paulo ao posto de maior cidade do pais e considerada hoje, o principal centro financeiro, corporativo e mercantil da America do Sul.
Cidade mais populosa do continente Americano e de todo o hemisfério Sul, com aproximadamente 19,3 milhões de habitantes, é também a 14ª cidade mais globalizada do planeta e exerce significativa influencia internacional, seja do ponto de vista cultural, político ou econômico.

Para mim São Paulo é:

Parque do Ibirapuera
projetos: Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx, inaugurado em 21 de agosto de 1954
mais importante parque urbano da cidade

foto: Parque do Ibirapuera

Pavilhão Cicillo Matarazzo – Bienal do Ibirapuera
foto: Pedro Kok

8ª Bienal de Arquitetura, Pavilhão Cicillo Matarazzo 
foto: Pedro Kok

Fundação Maria Luisa e Oscar Americano 
arquiteto: Oswaldo Arthur Bratke, 1950 – fundação desde 1974

Mube – Museu Brasileiro da Escultura
arquiteto: Paulo Mendes da Rocha integrado a um jardim de Roberto Burle Marx,inaugurado em 1995
foto: Luiz Fernando Coimbra

Avenida Paulista
foto: Luiz Fernando Coimbra
Criada no final do sec. XIX, foi inaugurada em 8 de dezembro de 1891, por iniciativa do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima com o intuito de expandir a cidade para outras áreas que não Higienópolis e Campos Elíseos, nesta época altamente valorizadas e totalmente ocupadas

 Masp – projeto de Lina Bo Bardi, 1968
foto: Pedro Kok

Edificio FIESP/CIESP/SESI
arquiteto: Rino Levi, inaugurado em 1979
foto: Pedro Kok

Edificio Itália
nome oficial: Circolo Italiano – arquiteto: Franz Hep, inaugurado em 1965
Um dos mais altos da cidade de São Paulo, com 165m
Destaque para o restaurante Terraço Itália que permite vista 360 graus da cidade de São Paulo.
foto via: Cidade de São Paulo

Edificio Copam
arquiteto: Oscar Niemeyer, projetado na década de 50 com a colaboração de Carlos Alberto Cerqueira Lemos
foto via: Cidade de São Paulo

Ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira
arquiteto: Cartão Francisco Ribeiro, João Valente Filho,inaugurada em 10 de maio de 2004
Unica ponte no mundo com 2 pistas em curva conectadas a um mesmo mastro

foto via Casa e Design

Ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira
foto via Que trampo

Rua Oscar Freire
homenagem a Oscar Freire de Carvalho, médico e um dos fundadores do Instituto Medico Legal de São Paulo
foto via: Cidade de São Paulo
 

Livraria da Vila – Alameda Lorena
arquiteto: Isay Weinfeld
foto via:Livraria da Vila

Café Santo Grão – Shopping Cidade Jardim
arquiteto: Isay Weinfeld
foto via:Club Gourmand

Ferretti Club Day 2013

Terceira edição do Evento Ferretti Club Day, aconteceu dia 5 de janeiro, na Isla Privilège, em Angra dos Reis, RJ.

A Ferrettigroup, maior fábrica de iates da América Latina e líder em vendas no Brasil, organiza todo ano, uma festa para reunir seus clientes e amigos.
Este ano, mais de mil pessoas compareceram ao evento, que contou com a apresentação musical de Léo Maia, Cláudio Zolli, Simoninha e Sandra de Sá, que fizeram um tributo ao cantor Tim Maia.
A organização foi impecável!
Como de costume, o convite era uma camiseta, reeditada a cada ano, que podia ser customizada no local, com plumas e paetês.
Serviço atencioso, comida e bebida a vontade do início ao fim da festa, além de sorteios realizados para presentear os convidados com brindes de luxo, como relógios Parmigiani e óculos Alero.
Quem passou por lá, pode conferir os mais de 180 barcos, ancorados ao redor da ilha, que com suas luzes, faziam a extensão da festa em direção ao mar.

O grupo está no Brasil desde 1991, sob o comando de Marcio Christiansen, CEO do Ferrettigroup Brasil.

Em junho de 2011, foi inaugurado o estaleiro na Cidade de Vargem Grande Paulista, a 40km de São Paulo, com mais de 145mil metros quadrados, com capacidade para fabricar até 120 barcos por ano.

O showroom oficial da Ferrettigroup Brasil, Tools & Toys, está localizado no terceiro piso do Shopping Cidade Jardim e conta com uma lancha Ferretti 530 em exposição.

 


Branco Total

Primeiro Post do ano, ainda com as lembranças do réveillon, o branco não saiu da minha cabeça.

Branco = Paz = Renovação = Pureza = Luz

Foi pensando nisso que resolvi abrir 2013 com um Post Branco Total, mostrando o emprego desta cor, ou talvez da ausência de cor, na arquitetura e na decoração.

Vila em Mikonos, Grécia

As construções brancas ou policromáticas, tiveram sua origem na Antiguidade Clássica, quando se acreditava no respeito às características intrínsecas dos materiais oferecidos pela natureza, como sinônimos de plasticidade e estética. Durante séculos, arquitetos e artistas copiaram os modelos arquitetônicos clássicos, acreditando que a policromia simbolizava a pureza dos materiais, garantindo assim a qualidade das construções.

Nem só de estética vive o branco. Na Europa, a cor é muito utilizada nas fachadas, para amenizar o calor dentro das edificações.
Na Grécia, no sul da Espanha e de Portugal a maior parte das construções, recebe como acabamento uma pintura caiada – feita com cal.
No verão faz muito calor e o sol é constante, a pintura branca foi uma forma encontrada pelos europeus para refletir grande parte dos raios do sol, evitando o superaquecimento no interior de suas casas.

Na minha opinião, um dos melhores lugares para se observar a beleza do branco na arquitetura, é a Grécia. O mar de edificações cândidas, parece intensificar o azul do céu e do Mediterrâneo.
Alíás, esta é uma outra característica da cor branca, a de evidenciar tudo o que está a sua volta. Quanto mais branco, mais destaque se dá a cor natural dos materiais e do seu entorno.

Fã da arquitetura grega, me apaixonei por esta vila de aproximadamente, 4.000m2 de área total, situada no alto de uma colina, na ilha de Mykonos. No melhor estilo todo-branco da arquitetura mediterrânea, Mina Villa One and Two, são duas propriedades localizadas em um complexo privado, acima da Glyfadi Bay, no ponto sul-ocidental da ilha.  As duas vilas podem ser alugadas em conjunto, para um grande número de pessoas, ou em separado e a diária fica em torno de US$ 3.800,00.

Detalhes da varanda, pergolado sombrea a área de descanso e os arcos que abrigam a sala de almoço

Detalhe da piscina com borda infinita e das esculturas de caranguejo

sala de estar externa, detalhe das paredes revestidas com pedras locais, sofá fixo com estrutura em alvenaria e estofados em linho

sala de estar interna, piso com tábuas largas em madeira patinada, predominância do branco nas estantes, cortinas e estofados

à esquerda: sala de jantar com móveis em madeira clara e detalhe do lustre estilo provence
à direita: outro ângulo da sala de almoço externa, abrigada pelos arcos tão característicos deste estilo de arquitetura

Muitos designers usam o branco como base na hora de produzir um ambiente. Enquanto uns trabalham o branco somente como pano de fundo, outros alvejam seus ambientes com a total pureza da cor.
Durante minhas pesquisas acabei me interessando pelo trabalho de Susanna Cots, arquiteta catalã que tem o branco como “um estilo de vida” como ela mesma define:

“Because white does not scare us, or make us feel blocked nor we are afraid of staining it. …. Because we believe that the authenticity of white resides in its purity and brightness.”

Escolhi algumas obras desta arquiteta para ilustrar o que considero o belo emprego do branco na arquitetura e na decoração, espero que gostem.

“Pure White” 

 A Casa Branco Puro, em Almuñecar – Granada, Espanha / Fotos: Susanna Cots Portfolio

Detalhe da varanda, piso e mobiliário em tons claros,tem sua uniformidade quebrada pela estrutura em ripas de madeira que emolduram a vista para o mar

 Sala de Almoço, aberta para a Cozinha Gourmet / Fotos: Susanna Cots Portfolio

Cozinha Gourmet, ilha em marcenaria laqueada de branco, tampo e ferragens em aço inox

jardim interno separa a Cozinha Gourmet da Sala de Estar / Fotos: Susanna Cots Portfolio

“Parallel to the Sea” 

Casa a beira mar, em Llavernas – Barcelona, Espanha / Fotos: Susanna Cots Portfolio

“Roots of the Future” 

Casa de Campo em Calaf – Barcelona, Espanha / Fotos: Susanna Cots Portfolio

Simbologia do branco

Na cromoterapia: o branco representa a Luz divina, potencializa todas as outras cores.

Na Arquitetura e decoraçãoo: pode despertar sensações de calma e tranquilidade para alguns, ou frieza e impessoalidade para outros. Passa a sensação de limpeza e frescor.

Para o Feng Shui: o branco simboliza a neutralidade, pode ser usado em qualquer ambiente, porém em excesso, passa a sensação de infinito e vazio. O ideal é quebrar o branco com quadros e móveis coloridos

Outras referências do branco na decoração:

o cômodo em segundo plano, assim como as paredes e cortinas brancas deste hall, destacam o trabalho do piso com tábuas largas em madeira de demolição

vista do dormitório para a sala “pure white” destaque apenas para o quadro e livros na estante

piso, paredes e forro pintados de branco, contrastam com o mobiliário deste apartamento na Noruega

os tons de bege e madeira natural conferiram mais aconchego ao ambiente branco total

o lilás do tapete e almofadas deixou esta sala de estar mais feminina

gosto muito deste ambiente, o branco se aliou a algumas peças coloridas para alegrar o espaço
sem falar na parede de tijolos aparente, que trouxe textura e vida para esta sala

cozinha com ar industrial: branco + aço inox + tubulação aparente + textura nas paredes

         

branco nos dormitórios = paz e tranquilidade

         

branco nos banheiros = sensação de limpeza e frescor
à esquerda: porcelanato no piso e banheira de louça
à direita: bancada em mármore piguês, piso tipo tijolinho, similar ao azulejo artesanal 7,5x15cm da Antigua, à venda na Euroville e banheira em louça estilo Idt - referância via Elle Decor

Espero que tenham gostado do primeiro post do ano e desejo a todos um feliz 2013!

Moroccan Style

A arquitetura marroquina tem suas raízes na arquitetura mourisca, mas é vista fundamentalmente, como uma fusão de influências recebidas por várias civilizações antigas, tanto do mundo árabe, quanto do europeu.

Mesmo apresentando alguns contrastes, o estilo marroquino tem suas características próprias, fruto de um profundo respeito para com a natureza bem como da crença de que todas as plantas, animais e objetos possuem espírito.
Para eles, o valor dos objetos está ligado ao seu poder, conhecido como “baraka”, um conceito importante para a compreensão das tradições artísticas do Marrocos.
 “Baraka” tem muitos significados, mas fundamentalmente representa o poder positivo de todos os santos e a força inspiradora dos artesãos. Segundo sua crença, este poder é introduzido em todas as coisas, de joias à cerâmicas e tecidos, protegendo não só o artista, como também aquele que terá, ou usará o objeto criado.

         

fotos: Hotel Ryad Dyor, Marrakech

fotos: acomodações e pátio interno do Hotel Ryad Dyor, Marrakech

Um dos elementos mais marcantes na arquitetura marroquina, são as “Riads”, construções tradicionais com jardim ou pátio interno. “Ryad” é o termo árabe para “jardim” e a criação destes jardins particulares, reflete a preocupação dos projetos com relação à privacidade, principalmente das mulheres, que só podiam sair nas ruas cobertas por roupas e lenços.

       

fotos: referência de Riads tradicionais

As “riads” desviam o foco das fachadas da casa, dando muito mais importância para o seu interior. Normalmente os pátios são construídos exatamente no ponto central da edificação e é para onde a maior parte dos cômodos se volta. Isto garantia proteção da família, tanto contra possíveis ataques, quanto do sol escaldante, sem privá-los de iluminação e ventilação natural.
O estilo das riads mudou ao longo do tempo, mas sua essência continua a mesma, jardins com árvores frutíferas e vasos coloridos, paredes adornadas com azulejos zellige, escritos em caligrafia árabe e sitações do alcorão, ou rebocadas com cal, técnica chamada de tadelakt,

fotos: referência dos tradicionais azulejos zellige

       

fotos: referência do reboco com cal e tinta tadelakt

Outro elemento fortíssimo da arquitetura marroquina, são os “muxarabis”, painéis vazados em madeira ou metal, usados como recurso pelos árabes para fechar parcialmente um ambiente, sem privá-lo de iluminação e ventilação natural. A principal função do “muxarabi” no mundo árabe,  era a de proteger as mulheres dos olhares masculinos.
Existem algumas versões ocidentais do muxarabi, como as treliças e os cobogós, entre outros.

foto: exemplo de muxarabi

     

fotos: releitura dos muxarabis
detalhe painel da casa da designer Lisa Bruce, perto de Marrakech, à direita
detalhe da fachada proposta pelo arquiteto Marcio Kogan, para o edifício do Instituto Moreira Salles

fotos: muxarabi restaurante Manish 
via arcoweb

referência cobogó, foto: Ricardo Labougle

O “Moroccan Style” , estilo de decoracao marroquina moderno, combina através de um olhar europeu, as melhores influencias da arquitetura mourisca e é conhecido por seu ar acolhedor e ao mesmo tempo vibrante.
A concepção fiel do estilo marroquino é mais ornamentada, mais pesada, enquanto a versão moderna dá um toque de frescor aos ambientes tradicionais.
Seus principais elementos são, sem dúvida, cores vibrantes, a iluminação indireta, com suas lanternas em ferro ou madeira, tecidos trabalhados e estampados, os mosaicos e arabescos, além de alguns móveis em madeira trabalhada, tudo combinado em uma versão mais light.
Alguns exemplos abaixo:

fotos: casa da designer Lisa Bruce, alguns quilômetros de Marrakech
fonte: Elle Decor

    

fotos: dormitório e terraço – casa da designer Lisa Bruce
fonte: Elle Decor

fotos: detalhes do dormitório e do muxarabi – casa da designer Lisa Bruce
fonte: Elle Decor

 foto: referência de decoração com influência marroquina

     

 foto: referência cores vibrantes na decoração

 foto: referência arquitetura marroquina com elementos modernos

Gostou do estilo? Onde encontrar:

        

lanternas em vidro colorido ou em ferro, na L’oeil

chaise “Cercado”, por Fernanda Brunoro, na Dpot

mantas coloridas By Kamy

                 

almofadas Le Lis Blanc Casa

                 

vasos esmaltados, na L’oeil

banquetas Marakatú, por Sérgio Matos, na By Kamy

Espero que tenham gostado.
Dúvidas ou sugestões, deixe seu comentário ou mande um email para: contato:blogdaarquiteta.com.br

aqui tem design!

Inspirações …

luminárias NLC, por next lighting, na Fas iluminação

embalagens recicláveis para lâmpadas halogenas, Projeto conceitual de Mongkol Praneenit, para G.E.

mesa de centro parte da coleção Baud Collection, por Vito Selma, inspirada nas ondas do oceano

chaise Zaha, por Porfírio Valadares, na Dpot

bancos em mármore travertino toscano e madeira, por Camasa

mesa de centro em madeira e vidro, por Monica Cintra

cabideiro loose, por Jader Almeida, na Dpot

espremedor em aluminio salif juicer, por Phillippe Starck, para Alessi

garrafas de água Kor One, por RKS design,
feitas de Tritan, plastico não tóxico,
desenvolvidas para estimular as pessoas a beberem mais água
sem utilizar muitas garrafas descartáveis

telefone sem fio Eclipse, por Sebastien Sauvage

sandália Mojito, pelo arquiteto londrino Julian Hakes, feito em fibra de carbono,
inspiração a partir de pegadas na areia,
a distribuição do peso concentra-se no calcanhar e na bola do pé


                       

relógio Délices, Cartier – não é meu preferido da marca,
mas não podemos negar a qualidade em seu design
me lembra muito os relógios derretidos de Salvador Dali

bracelete em ouro branco, diamanes e rubis, por Samantha Abrão

As diferentes faces do Mármore Travertino

Tecnicamente, os travertino são rocha calcárias naturais, formadas a partir da transformação química e física sofrida por outras rochas e pela ação da água doce, responsável pela criação dos espaços ocos tão característicos deste material.
Na arquitetura, é usado como pedra ornamental desde 2560 a.C. como por exemplo, na construção das Pirâmides pelos egípcios, ou em 68 d.C na construção do Coliseu pelos romanos e nos dias de hoje, aplicada em diversos projetos de arquitetura, interiores e na decoração.

 Sculpted Travertine Wall, 20 Gresham Street Building – Londres, projeto do arquiteto Kohn Pedersen Fox

A durabilidade, a diversidade e as qualidades estéticas do Mármore Travertino, colocam este material na lista dos mais desejados na hora de construir.

Escolhi alguns projetos para exemplificar as várias maneiras de se trabalhar o travertino e começo pela Travertine Wall, idéia do arquiteto Kohn Pedersen Fox, para o hall de um dos edifícios comerciais mais tradicionais de Londres, que oferece 22mil metros quadrados de espaço para escritórios.
A inspiração do arquiteto partiu do próprio material, naturalmente esburacado.
O efeito visual é muito impressionante, parece uma placa de travertino vista através do microscópio, que teve a escala de seus orificios ampliada, muito criativo. Acho este projeto fantástico, não só pelo trabalho feito nas paredes, mas principalmente por ter dado vida e importância a um espaço normalmente menos interessante.

Imagens do mármore trabalhado nas paredes do hall do edifício

   

Recepção e Hall dos elevadores 

Lounge

O emprego do Mármore Travertino na arquitetura já é conhecido por muitos, porém o que poucos sabem, é que existem diversos tipos de travertino, provenientes de vários lugares do mundo, cada qual com suas particularidades.

O mais famoso, é o Travertino Romano Clássico, usado na arquitetura desde o Imperio Romano, em obras como o Coliseu e a Basílica de São Pedro, o que prova sua resistência e durabilidade. Pode apresentar colorações que vão desde um tom palha até um bege mais amarelado e sem dúvida é um dos mais procurados pela sua história e tradição.

O Travertino Toscano é o meu preferido. Visualmente muito similar ao Romano, porém mais resistente, consegue unir flexibilidade e rigidez. Pode ser usado para revestir pisos e paredes ou na criação de mobiliário, como bancos e mesas.
Quem tem exclusividade do Travertino Toscano no Brasil e distribui para toda a América Latina, é a Camasa, nossa parceira no Blog. O grupo italiano, que já forneceu produtos para projetos em Nova Iorque, Costa Azzura e Dubai, entre outros, desembarcou em São Paulo em 2011 cheio de novidades.
Para começar, a extração, produção e acabamentos do mármore da Camasa, são feitos diretamente na pedreira, em Saturnia – Toscana, o que lhes permite trabalhar e esculpir blocos inteiros, trazendo para o Brasil não só as tradicionais chapas para revestimento, como também painéis, móveis e peças de design. Os paineis são tão fantásticos que merecem um post exclusivo.
A novidade para 2012 é o travertino fotoluminescente! Placas que parecem o travertino convencional, mas são capazes de absorver os raios de sol e depois liberar esta energia em forma de luz.

Inédito não? Em breve trarei todas os detalhes.

Banco, revestimento das paredes, bancada e painel, todos em Travertino Toscano by Camasa

Além do travertino italiano, existem grandes pedreiras deste tipo de mármore no México, na Turquia e no Peru, porém muito cuidado, pois a qualidade não é a mesma! Os mármores italianos, são muito mais resistentes, por consequência, muito mais caros. O Travertino Turco, por exemplo, tem mais calcário em sua composição, o que o torna mais frágil e quebradiço.

Se a idéia é baratear o custo da obra sem abrir mão do travertino, o Turco até pode ser usado, mas com algumas ressalvas, como por exemplo: aplicá-lo nas paredes e não no piso, não usá-lo como revestimento para as áresa externas e sempre ter em mente que se trata de um material menos resistente.  O custo do travertino turco versus o romano e toscano é significativo. Enquanto o primeiro está em torno de R$ 250 a R$ 500 o metro, os italianos ficam em torno de R$ 650 a R$ 1500,00 o metro.

Esta diferença de valores entre os travertinos de mesma origem está relacionada à perfeição do bloco, ao corte, coloração etc. Pense no travertino como um diamante, pedra preciosa que tem seu valor avaliado de acordo com sua cor, claridade, quilate e corte para depois se encaixar em uma categoria. Com o travertino ocorre algo similar. Infelizmente muitos fornecedores prometem preços milagrosos, pois vendem o travertino turco como romano ou toscano. Em vez de fazer um bom negócio, estamos pagando um valor muito acima do mercado para o produto que vamos receber. Por isso é muito importante ficar atento ao fornecedor, procurar visitar outras obras da mesma empresa ou melhor ainda receber indicações de amigos ou arquitetos que já tenham trabalhando e aprovado o serviço.

Muito dificil representar com imagens as diferenças entre os diversos tipos de travertino, mas selecionei algums fotos que imagino estarem bem próximas da realidade.

  

da esquerda para a direita: Travertino Romano, Travertino Toscano e Travertino Turco

Outra dica: antes de escolher o seu travertino, faça a conta! Dependendo da metragem desejada ou da complexidade do projeto, o travertino turco pode sair mais caro que os italianos!
Explico o motivo: normalmente, as chapas de mármore são cortadas na obra para então serem aplicadas. Para todo material considerado na obra, calcula-se uma perda, ou seja material comprado que sofreu algum tipo de dano e não poderá ser reaproveitado. Como o travertino turco é mais frágil, a probabilidade deste material sofrer algum tipo de estrago, seja por ineficiência no corte, seja por descuido de algum funcionário, é muito maior quando comparado com os travertinos italianos, mais resistentes.
Ou seja, o barato pode sair caro!

Para quem tiver dúvidas sobre fornecedores, valores apresentados nos orçamentos ou simplesmente quiser mais informações sobre o que é possível fazer com o Mármore Travertino, mande ume email para contato@blogdaarquiteta.com.br  me coloco à disposição.

Finalizo com mais algumas referências …
Obrigada e aguardo seus comentários

   

Vivienda 4 – projeto do escritório espanhol A-Cero 

 

banheiras esculpidas em travertino 

               

travertino no banheiro combinado com madeira de demolição e como acabamento da lareira

Missoni Home outdoor

Conhecida mundialmente por suas estampas, cores e texturas, a famosa marca italiana, saiu do guarda roupas para vestir a sua casa.

foto: The Ombrellini Terrazza, at Aqua Nueva – Londres

Criada em 1953 inicialmente como uma pequena malharia, a Missoni, de Rosita e Ottavio Missoni, se destacou desde o começo por sua criatividade em tecer peças coloridas e exclusivas, características que a tornaram uma das marcas mais desejadas do mundo.
Os tecidos de altíssima qualidade e o trabalho bem executado, permitiram a expansão da marca e em 1981, surge a Missoni Home, direcionada para o mundo da Decoração e do Design. O estilo único, multicolorido e de personalidade vibrante, tornaram inconfundíveis os produtos da “fashion brand”, que vão de almofadas a tapetes e sofás.

A Missoni Home aterrizou no Brasil em 2010 e hoje já comanda duas lojas em São Paulo.
A novidade para 2012 são os produtos outdoor, que aliaram a sofisticação da grife, à praticidade dos tecidos e móveis cuidadosamente desenvolvidos, para continuarem glamorosos faça chuva, faça sol.

Escolhi para o post de hoje, duas linhas que fogem um pouco do tradicional zigue-zague, que particularmente adoro, mas que na minha opinião combinam muito com a atmosfera do verão brasileiro:

Ombrellini: cadeiras, toalhas para piscina, pufes e almofadas (45×45 ; 30×60 ; 60×60) 

linha outdoor Ombrellini: cadeira “folding chair” e pufes

   

linha outdoor Ombrellini: almofadas 45×45 ; 30×60 e puf

linha outdoor Ombrellini: folding chair e pufes

Girandole: espreguiçadeiras, toalhas para piscina, pufes e almofadas (45×45 ; 30×60 ; 60×60) 

linha outdoor Girandole: espreguiçadeira e pufes

  

linha outdoor Girandole: almofadas 45x45 

 linha outdoor Girandole: almofadas 45×45 e toalhas

Todas as linhas indoor e outdoor estão disponíveis pelo blog! Basta mandar um email para: contato@blogdaarquiteta.com.br e fazer seu pedido.
Dezembro é o mês Missoni Home! Produtos novos toda semana!

Luminária com vida própria

Para quem se diverte escolhendo peças de design, apresento uma luminária cheia de personalidade, a Poppy.

Produzida pelo studio de design alemão serien.lighting, quando desligada a Poppy parece o botão de uma flor, composta por um bulbo de vidro soprado tipo cálice, finas pétalas metálicas e uma haste feita com mangueiras flexíveis.
Porém, não se trata de uma luminária comum, basta apertar o interruptor para perceber que ela tem vida própria.
O calor emitido pela lâmpada, faz com que as pétalas metálicas se abram lentamente, aumentando a área iluminada. Todo este processo dura aproximadamente 2 minutos e só é possível, pois as pétalas são feitas de Bi-Metall, material que se expande com o calor.

Quando acessa, é possível perceber uma leve transparência no bulbo de vidro, disponível nas cores vermelho-rubi, cerâmica ou preto arroxeado.

A Poppy pode ser encontrada em 6 versões, mas como suas hastes são independentes e flexíveis, basta um pouco de criatividade para descobrir várias luminárias em uma só.

Poppy Table: luminária de mesa, uma única haste

Poppy Wall: luminária tipo arandela, número de hastes disponíveis: 1,2,3 ou 5

             

Poppy Wall: neste exemplo usada como Luz dirigida, quando o objetivo é focar um quadro ou objeto

            

            

Poppy com uma, duas, três ou cinco hastes

         

Poppy Lüster Wall ou Ceiling, com 15 ou 30 hastes

 

      

Poppy Lüster 

Todos estes modelos e braços independentes permitem modificar tanto a aparência da luminária quanto a direção da luz projetada, criando cenários completamente diferentes. Sem mencionar suas múltiplas funções, que vão de luz de leitura a luz direcionada para telas ou esculturas, além de lustres ou pendentes para a sala de jantar ou hall de entrada.
Quem traz a Poppy para o Brasil, é a Fas iluminação, parceira do blog. Mande um email pra contato@blogdaarquiteta.com.br e faça seu pedido ou tire suas dúvidas. Lembrando que, quem fizer o pedido pelo blog da arquiteta, garante condições especiais.

Aposte no Bambu

A necessidade de repensar o consumo de materiais para tornar as construções mais sustentáveis, atraiu olhares para a exploração de novas alternativas, como é o caso do bambu, considerado a grande promessa para este século pelos arquitetos e engenheiros.
Usado há milênios em construções tradicionais na China e no Japão, o bambu vem chamando atenção por sua beleza e resistência, além de uma alternativa à utilização da madeira na construção civil.

O bambu na arquitetura é flexível em todos os sentidos! Tanto por sua maleabilidade enquanto material, quanto pelas várias formas de utilização. Em edifícios de pequeno porte, pode ser usado na estrutura, como vigas, pilares ou telhados, na fachada como revestimento, ou no interior da edificação como material de acabamento, revestindo pisos, paredes, forros e até móveis.

Escolhi o Projeto acima pois, para mim, retrata muito bem a flexibilidade do bambu, que neste exemplo foi usado para fechar as laterais do estacionamento do Zoológico de Leipzig na Alemanha.
Normalmente os estacionamentos são extremamente sem graça, o oposto do que observamos neste Projeto do escritório alemão HPP Hentrich-Petschnigg & Partner KG, concluído em 2004.
O Zoológico de Leipzig é um dos parques mais populares da Alemanha, recebe cerca de 1,3 milhões de visitas por ano. Para garantir comodidade aos visitantes, foi necessário adaptar o estacionamento, que não tinha um número de vagas suficiente, além de repensar todo o seu conceito. A ideia do escritório HPP, foi de utilizar o bambu nas fachadas não só pelo seu aspecto econômico, mas como uma analogia ao mundo exótico do zoológico. Além de mais atraente, a estrutura ganhou leveza e desperta a curiosidade de quem passa por lá.

                         

                         

Mais imagens:
Zoo Parking Garage, projeto:HPP Architects - Leipzig, Alemanha

      

outros Projetos:
Terminal 4 Aeroporto Internacional Barajas – Madri, Espanha

Complexo Ginzan Onsen Fujiya Obanazawa, projeto: Kengo Kuma – Yamagata, Japão

Atualmente temos muitos produtos interessantes que apresentam o bambu como materia prima.
Nani Chinellato e CORE,  parceiros do Blog, conhecem bem as propriedades deste material.
Hoje trago duas idéias para aplicar o bamboo como revestimento em casa ou no seu ambiente de trabalho.

Forro em Bambu – Nani Chinellato:

  

A Nani, parceira do Blog e amiga, criou esta opção para quem está cansado do tradicional forro de madeira. Particularmente amo este tipo de acabamento! Acho que confere personalidade ao ambiente. Opinião: ideal para quem tem, ou está pensando em projetar um Spa em casa.

Cabana Dado Castello Branco – Casa Cor 2010

A imagem acima, ilustra bem o forro proposto pela Nani, aplicado no Projeto do Dado Castello Branco para a Casa Cor e mostra como este material pode tornar o espaço mais aconchegante.

Revestimento Bambu: Piso, Parede e Mobiliário – CORE: 

A CORE (soluções sustentáveis para arquitetura) também parceira do Blog, captou bem a versatilidade do bambu e oferece revestimentos mais econômicos, que vão desde pisos prontos até placas que encapam bancos e mesas.

Bamboofloor: piso, lâminas de bambu revestem as paredes e mobiliário – Shopping Iguatemi JK

 

Bamboofloor: revestimento do piso – Apartamento em São Paulo

Bamboofloor: lâminas de bambu revestem mobiliário

 

Bamboofloor: Náutica – reveste piso, paredes e mobiliário

O Bamboofloor pode ser encontrado em vários tamanhos, a escolha depende do local onde será aplicado: piso – parede – mobiliário. Para quem está com o cronograma de obra apertado, tanto economica quanto fisicamente, está ai uma ótima solução! Pois além de mais baratos, os pisos da Bamboofloor vem prontos. Não necessitam de raspagem nem aplicação de bona ou verniz, o que agiliza muito o serviço.

Para mais informações sobre os produtos postados ou para fazer seu pedido, mande um email para: contato@blogdaarquiteta.com.br e confira os preços especiais para quem compra pelo Blog!